17 de maio de 2009

Conversa fiada

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Para mim, momentos especiais devem ser vividos com rituais. O meu ritual preferido, além de acender um gostoso incenço, é preparar um delicioso café, se for, então, capuccino, huuummm, é ainda melhor.

Porém, este momento não é lá muito especial, devo admitir. São exatamente, 2 horas da manhã de domingo, e eu não estava em nenhuma 'balada'. Pra ser bem sincera, estava era executando minhas aptidões domésticas.

É isso mesmo amigas e amigos de plantão! Num processo estonteante, empreendi - e ao mesmo tempo, como só nós, mulheres, conseguimos fazer, e bem, descumpem-me os homens que estarão lendo este post, - várias atividades do lar: varri intensamente o chão do meu apartamento, depositei sistematicamente as diversas peças de roupa na máquina de lavar, atentei uma trabalhosa e molhada missão "louça" para depois atacar os quartos.



É impressionante, mas aqui em casa, o quarto que mais demanda cuidados especiais é o qual não uso. Toda vez que tomo coragem para visitá-lo, surpreendo-me com a quantidade de coisas que guarda: sapatos que não calço a meses, roupas que não visto à séculos, vidros e mais vidros de perfumes, todos vazios. Mesmo considerando-me uma mulher moderna e, até feminista, às vezes, têm horas que me sinto como uma verdadeira Amélia, àquela da música.

Agora mesmo fui atacada pela máquina de lavar. Ela, aos solavancos, avançou contra mim, acertando em cheio meu joelho. Parece que a coitada não estava muito a fim de trabalhar.

Apesar de não ser muito avessa a essas tarefas, avalio meu esforço com mérito. Quem se poria a limpar a casa na alta madrugada de domingo? Meus amigos dizem que estou ficando maluca, ou então uma vampirinha da meia-noite. Meus vizinhos, por outro lado, são muito bonzinhos. Acho que não chegam a se incomodar muuuiiito com a música e a conversa a meio tom, (gosto de falar sozinha). Que bom para mim! Afinal, a noite ainda é uma criança.

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