A Constituição garante ao indivíduo o direito à liberdade, como também à educação, à família, à saúde e, sobretudo, à vida. Mas como é de conhecimento de todos, nem sempre tais direitos, essenciais à existência, são respeitados. Quando a existência de um ser depende de outro, é pior, pois é negada a nova vida a dignidade que todo ser humano tem por direito possuir.
Falar de aborto provoca controvérsias, e envolve as leis, a consciência individual, além das crenças religiosas e ideológicas. A igreja é contra ao aborto, imersos em seus caducos dogmas, deixam de enxergar que o mundo mudou. As pessoas mudaram. As leis, por outro lado, incapazes de resolver os problemas que a sociedade enfrenta, buscam entender quando a vida realmente começa: se após o nascimento, ou a partir do instante em que o sistema nervoso começa a funcionar, ou no momento em que o espermatozóide vai de encontro ao óvulo.
Há pouco, no Congresso Nacional, discussões foram travadas para garantir às mulheres o direito ao aborto “limpo” e “seguro”: limpo perante a justiça e seguro para com a saúde da mulher; o que em outras palavras permite que a mulher se livre do que não é desejado ou programado – uma gravidez.
Para fortalecer ainda mais este equívoco, os pró-aborto utilizam de argumento ilusório de que só com a descriminalidade do aborto que se diminuirá os números de óbitos nos praticantes. Porém, é notado nos exemplos em países onde o aborto é permitido que esta liberdade só beneficia quem, antes, pagava altas somas às clínicas clandestinas, e que a população carente de informação e desassistida continua recorrendo aos processos de curetagens caseiras.
Por trás de milhares de abortos praticados, sem assistência médica e anuência da justiça, existe a ignorância e o descaso com o qual tratam o planejamento.
Educação é a base de tudo. Sem ela, direito algum é respeitado, mesmo o direito de viver. O aborto não pode ser visto de modo banal, ou como forma contraceptiva. É uma vida que está sendo destruída, independente de ter 22, 16, ou uma semana de existência. Entretanto, é mais fácil eximir-se da responsabilidade que recai sobre todos, do que buscar medidas que sanem a problemática que cerca o aborto no Brasil.
Se, praticar o aborto, antes de qualquer coisa, é um ato de desespero, é, por conseguinte, uma ação de irresponsabilidade moral e social.
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