30 de junho de 2008

Terapia de papel

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Viver ativamente é o que muitas pessoas precisam para resgatar sua dignidade perdida. O projeto CATA (Centro de tratamento ao alcoolismo) das Ações Sociais Irmã Dulce tem proporcionado, a pessoas dependentes do álcool e suas famílias, uma vida mais saudável e livre dos transtornos desta dependência química.

Um dos sintomas do alcoolismo é o desejo incontrolável de consumir bebidas alcoólicas numa quantidade excessiva e prejudicial ao organismo.

Perda de memória, problemas gastrointestinais, doença hepática alcoólica, distúrbios na coagulação do sangue, neuropatia alcoólica, distúrbios cardíacos, síndromes cerebrais, além da propensão 10 vezes maior em desenvolver câncer são alguns dos malefícios decorrentes de seu consumo.

Identificar a fronteira entre a ingestão social e a dependência é muito tênue, se dando a negação da existência do problema. E sua dependência está presente em todas as classes sociais e idades.

Existem alguns tratamentos que recomendam o uso das substancias Naltrexona, Acamprosato e Ondansetrona, todavia, provocam incomodas reações adversas, além de estarem inacessíveis ao bolso de muitas pessoas.

O aposentado Marco Antonio, (50), faz artesanato como terapia para não se render ao vício. Com jornal, papelão e cola confecciona porta-retratos, caixinhas de jóias, cestos de pão entre outros objetos, que por mais simples que sejam lhes proporcionam a reintegração social, antes, desintegrada pelos problemas decorrentes do alcoolismo. Encontrou no artesanato a auto-estima e respeito da família, antes perdidos.

O CATA atende pessoas de baixa renda que precisam urgentemente de tratamento e ministra terapia ao alcance de todos.

A cura definitiva não existe, e sim uma busca permanente pela lucidez.

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