17 de setembro de 2012

XV Festival Nacional 5 Minutos promove oficinas gratuitas; Inscrições até o dia 23

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O XV Festival Nacional 5 Minutos recebe até o próximo dia 23 inscrições para as oficinas de Direção de Arte, Direção de atores e interpretação cinematográfica, Mercado de desenvolvimento de games para consoles e mobiles, Stop motion para crianças (para escolas, grupos de 5 ou 10 alunos), Videoarte e Webdocumentário.

É necessário preencher corretamente uma ficha de inscrição disponível aqui e enviá-la juntamente com o currículo para o e-mail: 5minutos.oficinas@gmail.com. A lista dos selecionados será divulgada até dia 05 de outubro. A participação nas oficinas é gratuita.

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6 de agosto de 2012

Arcano Zero

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O louco sem casa (R.Lira/2010)
Normalmente eles passam despercebidos por quem anda pelas ruas da cidade. Vagam nas esquinas e praças como espectros sem rosto ou história. Todavia, por mais igual ou diferente que possam parecer, cada um tem uma história para contar.

Invisíveis rostos em desfacimento1, engrossam ainda mais a estatística da pobreza urbana. Ainda em 2008, as ruas de Salvador abrigavam aproximadamente 900 pessoas, segundo informações da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedes)2. No mesmo ano, uma pesquisa feita pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) apontou que mais de 38% da população de rua, eram portadores de algum tipo de transtorno mental.

Muitos vagam pelas praças e avenidas populosas da cidade conformados com seu destino. Outros, agitados, olham e vêem além do que olhos comuns podem enxergar. Ao serem questionados de onde vem e para onde estão indo, fogem; se escondem porque o caminho que percorrem ainda não lhes deram todas as respostas.

A vigésima segunda carta do tarô, conhecida como Arcano Zero – O Louco, a carta sem casa, os descreve como andarilhos eternos, cujo olhar, fixo no horizonte, aguarda algo pressentido apenas.

Eles caminham livremente por todas as regiões da existência, seguidos unicamente pela figura de um cão que, ao invés de guiá-los pelas trilhas do mundo, os cerca traiçoeiramente.

Este mesmo cão, que simboliza sua consciência, parte a todo o momento para mordiscar seus calcanhares. Aí, quando mesmos se espera, o arranha as pernas.

O viajante eterno, por sua vez, não liga. Seu pensamento vaga distante. Nem se dá conta do que ocorre a sua volta. E, ao quebrar os laços com a família, segue pelas ruas e mares do mundo, na busca de uma liberdade inexistente. Porém, permanece fechado no seu próprio mundo, no fundo do seu “Eu".

Suas famílias, por sua vez, os procuram incessantemente. Tal como uma via crucis, seguem à procura dos filhos que desapareceram de casa. E quem busca o parente desaparecido após um surto, naturalmente, assume o gênero feminino. É a dona de casa, a mãe, a irmã, a cunhada, as tias, a sobrinha. São essas pessoas que se ocupam em localizar àquele que partiu, após uma crise. São elas que identificam os primeiros sinais no comportamento do futuro diagnosticado portador de transtorno mental.

Alterações do pensamento, do humor, alucinações, percepção alterada da realidade são alguns sintomas que podem trazer estigma, causar dor, silêncio, estimular vergonha, levantar incompreensão, exclusão e, por fim, fuga do ambiente familiar.

Para as mães, só existe um caminho: a necessidade de encontrar o filho desaparecido, independente dos conflitos que a doença potencializa em suas relações.

Incansáveis, elas percorrem ruas, vão aos programas de TV, aos órgãos do Poder Público, aos hospitais e necrotérios. Pedem ajuda. Os anos passam, mas a esperança permanece viva em seus corações.

Robson Souza, Andrea Santos, Samuel Francisco, Hélio de Jesus, Cecília Silva... São alguns nomes cujos rostos estão perdidos em meio ao “rio de mil braços e mar de mil caminhos” da cidade. O mesmo rio que os leva para diversas direções, os torna prisioneiros em meio às trilhas urbanas dos desaparecidos.

Atenção: proibida reprodução total ou parcial do texto acima.
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Apresentação do Livro-reportagem Na Busca dos Desaparecidos: a esperança ainda não morreu

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"A busca pelas próprias verdades é o maior objetivo de quem some pelas ruas da cidade. Encontrá-los é a missão de quem os querem bem" (R.Lira/2010)


 “Para se contar histórias de pessoas, é preciso, antes de qualquer coisa, sentir a dor do mundo”. Foi pensando nisso que resolvi aceitar o desafio da jornalista Eliane Brum de não apenas gastar ou sujar os sapatos na construção de uma boa matéria, tal como sugerira um dos criadores do New Journalism, Gay Talese, ao escrever o livro "Fama e Anonimato", mas a lambuzar-se na lama da rua. E, num impulso quase incontrolável, resolvi abrir os olhos para o que sempre pode se tornar visível àqueles que querem enxergar para além de suas próprias vidraças ou telas de LCD. Fui, então, não apenas às ruas, mas às casas das pessoas aqui retratadas.

Deram-me licença e entrei. Tornei-me para essas pessoas, num curto espaço de tempo, uma estranha amiga. Esmiucei o que pude esmiuçar. Perguntei o que pude perguntar. Compreendi o que estava ao meu alcance e mergulhei em mundos dissonantes ainda em processo de restauração. Conversei com estranhos, estimulei saídas, ganhei amigos para até quando a vida permitir. Precisei ter fôlego para não afogar, mas, como uma boa foca que sou, consegui manter-me emersa. O resultado dessa tentativa é o livro-reportagem Na Busca dos Desaparecidos, a esperança ainda não morreu.

A narrativa tenta trazer a tona o que os meios de comunicação de massa não conseguem ou não podem fazer, por estarem presos a critérios superficiais na construção da notícia. Assim, procurei seguir os ensinamentos que Edvaldo Pereira Lima registrou na obra "Páginas Ampliadas": dei voz, corpo e alma a quem vive sem cara, nome e sobrenome na grande mídia brasileira.

Na Busca dos Desaparecidos, a esperança ainda não morreu relata um período da vida de três mulheres baianas: Edileusa, Lígia e Luísa.

Mães escondidas no anonimato da cidade, que sonham, como tantas outras, saber por onde andam os filhos desaparecidos. A narrativa revela semelhanças e diferenças de fatos que até hoje influenciam as vidas dessas mulheres. Todas têm em comum a pobreza, a falta de oportunidades e a esperança. Já os seus filhos têm em comum o mesmo que suas mães, com o acréscimo de serem todos portadores de transtorno mental.

Atenção: proibida reprodução total ou parcial do texto e imagens acima.
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14 de julho de 2010

Sucom faz choque de ordem fiscal na Avenida San Martin

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A Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) realizou nesta quarta-feira (14), na Avenida San Martin, mais um Choque de Ordem Fiscal em logradouros públicos, visando combater o comércio irregular da região. O saldo da ação fiscal resultou em 14 vistorias com 13 notificações aplicadas e 02 peças de publicidade irregular (cavaletes) apreendidas.

A operação fiscal foi resposta a uma denúncia recebida pela autarquia sobre a ocupação excessiva da via pública por pneus, cavaletes e placas de publicidade que estavam dificultando a circulação segura dos pedestres nas calçadas.

Os responsáveis pelos estabelecimentos notificados por não terem alvará de funcionamento para o exercício de atividade comercial também foram advertidos para que, em até 24 horas, retirem os pneus, jantes e carcaças de automóveis da via pública, sob pena de terem os equipamentos apreendidos de acordo com o Código de Polícia Administrativa do Município (Lei 5.503/99). Das vistorias feitas, apenas 2 atividades estavam com a documentação regular.

A operação Choque de Ordem Fiscal foi criada em setembro de 2009 pela Prefeitura de Salvador através da Sucom. O objetivo das ações de fiscalização é combater as irregularidades na cidade. Desde então, a autarquia realiza ações fiscais em empresas, estabelecimentos comerciais e instituições de diversos segmentos, promovendo o ordenamento do uso do solo de Salvador.
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6 de julho de 2010

Sucom notifica estacionamentos no Comércio

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A Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) deu continuidade nesta terça-feira (06) ao Choque de Ordem Fiscal nos estacionamentos em áreas privadas de Salvador. Até o final da manhã, técnicos da autarquia realizaram 06 vistorias no trecho entre a Avenida França e a Avenida Estados Unidos, no Comércio. A fiscalização teve um saldo de 05 estacionamentos notificados - 04 por ausência de alvará de publicidade no momento da ação fiscal e 01 por falta de alvará de funcionamento.

Os responsáveis pelos estacionamentos MultiPark, Via Park e Bahia Park terão prazo de 48 horas para apresentar à Sucom os devidos alvarás, sob pena de serem autuados.

Conforme o artigo 21 do Código de Polícia Administrativa (Lei 5.503/99), o alvará de licença ou autorização de atividade comercial precisa ser mantido em bom estado de conservação e afixado em local visível, devendo ser exibido à autoridade fiscalizadora sempre que esta o exigir.

A operação Choque de Ordem Fiscal em estacionamentos de Salvador também ocorreu na última quarta (30) e quinta-feira (1º), simultaneamente a mais duas frentes de fiscalização em supermercados e bancos da cidade. As vistorias vão seguir até amanhã (07).
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